Organização de Ano Novo

Gabi
5 min readDec 31, 2020

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Preciso dar uma ordem nas ideias e vou fazer isso aqui. Quer me acompanhar?

Passei o ano todo tentando refazer meu portfólio e, como era de se esperar, não o fiz. Houve um período em que estive sem trabalho e com tempo sobrando? Sim, houve. Nesse exato período eu estava surtando, assistindo mil boletins sobre a pandemia ao longo do dia e me estressando com o governo.

Foto de Kaique Rocha no Pexels

Mas, além disso, eu estava aproveitando para fazer cursos gratuitos online, que não teria como pagar. Como já escrevi no último post, nem todos foram realmente produtivos, mas foi importante eu ter a que me dedicar com instruções. Eu não estava em condições de dar mais ordens para mim mesma. Ou seja — não vou me cobrar sobre não ter conseguido atualizar meu portfólio em 2020.

Dito isso

Procrastinação no texto, check. Hora de focar.

Vou tentar me organizar por camadas. É como meu marido gosta de explicar as coisas, indo do mais superficial pro mais aprofundado e talvez seja a hora de tentar uma abordagem diferente. Não sei se vou conseguir, mas vou tentar:

  1. Sou uma REDATORA. A princípio, sou redatora publicitária, minha formação. Só que tenho experiência em textos jornalísticos, textos para comunicação corporativa, texto para sites, textos conversacionais (esses que parecem que te respondem quando você acessa um site ou aplicativo). Dessa forma, acho que colocar o publicitária logo em sequência do redatora pode ser muito limitador, porque minha experiência é muito ampla. Também trabalho com diferentes mídias e as enxergo como um conjunto. Digital, offline, social media, live marketing, omnichannel. Talvez omnichannel se aproxime ideologicamente, mas na prática, também restringe minha atuação.
  2. Faço CONTEÚDO, CHAMADAS, ROTEIROS, BRANDING, ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO, FICÇÃO, UX. Tem coisa aí que não é bem papel de redator, mas eu faço. Talvez redação seja um guarda-chuva pequeno para mim. Confesso que ainda estou apegada a ele, mas a verdade é que ele não é suficiente.
  3. Quanto a mercados, os principais que já trabalhei foram FAST-FOOD, EDUCAÇÃO, TRANSPORTES, AUTOMÓVEIS, SAÚDE, BANCOS, VAREJO e TELEFONIA. Nem tudo está no portfólio e acho que essa listagem que fiz precisa ser revista, algumas categorias podem ser agrupadas, devo ter esquecido alguma coisa importante. Mas preciso mesmo falar de tudo? Além disso: será que é bom ter uma experiência tão ampla assim ou é melhor ser focada? Difícil a vida.
  4. Para não me estender muito, normalmente me apresento como REDATORA SÊNIOR. Mas no tópico dois já dei aquele olá sobre não ser só redatora. Aqui não é sobre também fazer planejamento, é sobre o fato de eu já ter coordenado equipe, feito direção de criação, apresentações. Revisão eu evito sempre que posso, é uma coisa que me dá muita ansiedade, a não ser que seja revisão crítica, aí eu gosto de fazer.

Antes que eu me perca

A ideia nem é chegar a grandes conclusões, acho que tenho um longo processo pela frente. Vou fazer umas mentorias, conversar com umas amigas que admiro, ler bastante, separar os trabalhos que fiz e mais gosto.

Uma vez uma amiga falou sobre não me apresentar como freela e sim como empresa. Desde então estou amadurecendo a ideia. Dentro dos meus tópicos anteriores, em que minha atuação sempre vai além do que venho me apresentando, faz sentido. Mas será que conseguirei vender meu trabalho assim? Insegurança que chama.

Penso em ter dois perfis: o principal, como empresa, explicando o que faço, mais focado no tipo de trabalhos que QUERO FAZER. O secundário, como freela, mais como um portfólio pessoal mesmo, com TRABALHOS QUE JÁ FIZ. Vai dar certo? Não sei, vou testar.

O que já fiz

É basicamente o que escrevi aqui, só que ilustrado. Atualizar o portfólio é sempre um drama. Quantos projetos colocar, que plataforma eu uso? Eu apresento como um case ou deixo só imagens? (Spoiler: case).

Foto de picjumbo.com no Pexels

Tenho um perfil no Behance e por enquanto vou atualizar por lá, mas o mercado elitista brasileiro não curte muito plataformas que facilitem a nossa vida, então terei que decidir se vou fazer um portfólio com meu nominho em um domínio próprio. O meu antigo já não é um formato que me agrada.

Próximos passos

É a pergunta que me faço todos os dias e é pra isso que estou escrevendo esse post. Talvez a página própria não seja exatamente um portfólio, seja a coisa mais vendedora de empresa. Tenho que entender o que quero fazer — de verdade.

Eu amo escrever e não gosto de revisar, nisso já tenho um começo. Mas é só um começo. Sonho, sonho mesmo, é trabalhar com ficção. Escrever livro. Mas hoje as pessoas não me pagam pra isso e eu não me sinto a vontade para formatos longos. Sem contar que é um trabalho mais solitário e eu sinto falta de convício com pessoas — acredite ou não.

Foto de Pixabay

Um trabalho que amei fazer esse ano não foi pago. Fiz entrevistas e textos para a news da Empatia Criativa, uma iniciativa que participo, e a gente teve um retorno muito bom a partir dela. Estou me envolvendo cada vez mais com o projeto e animada com o que posso construir (mas olha, essa coisa de coletivo é bem difícil).

Não tenho conclusão aqui e sei que é frustrante ler um post sem uma finalização real. Na minha cabeça parece que as coisas já começaram a fazer mais sentido e precisam descansar um pouco, talvez daqui uns dias eu consiga falar que o novo currículo e portfólio estão prontos, que já fiz meu site. E convenhamos, a vida é assim mesmo, até que deixa de existir.

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Written by Gabi

A gente escreve o que não entende para entender o que não se escreve.

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