O caminho da dor
Dizem que o corpo fala mais do que a gente imagina. Pelo visto, não sou muito boa em ouvir o meu. 41 anos de dor de cabeça e ainda não entendi. Dor no pescoço e a saga por um travesseiro. Manchas diagnosticadas como pitiríase, foram apenas duas temporadas. Ranger de dentes e os gastos com dentistas. Tensão nos ombros, na testa, na dificuldade em respirar.
Houve um longo período de alergia respiratória, mas o corpo desistiu de ir por esse caminho e agora só me dá uns ataques de sinusite nas mudanças de estação.
Já teve a fase da dor no pé, quando eu passava cerca de 5 horas do meu dia em pé no transporte público. A dor passou com o fim da rotina no trem e ônibus lotados.
Na semana passada, começou uma novidade, uma dor nova no braço esquerdo. Achei que fosse muscular, principalmente porque a Sanofi parou de produzir ou de distribuir meu emplastro preferido. Só que a dor não está obedecendo padrões. Não dói o tempo todo ou quando faço um movimento específico. Ela acontece e para.
Já pensei que fossem gases, minha mãe perguntou por reumatismo. Piora quando fico estressada. Será pressão alta? Será que estou com uma angina? Mas o que é mesmo uma angina? Vi no Google, não parece ser angina. A dor seria como um soco e o que sinto é mais um apertão que se intensifica e diminui aos poucos.
Fiz uma consulta com uma clínica geral e a médica me indicou compressas quentes, anti-inflamatório e passar com um ortopedista. Acredita ser tendinite ou bursite.
Enfim, lá vamos nós por mais uma estrada.