Dias e dias

Gabi
2 min readNov 4, 2024

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Tanta coisa para arrumar na minha vida que nem sei por onde começar. Talvez seja esse sentimento de fim de ano, acompanhado da… bem, não sei de quê. Dias melhores e outros nem tanto. Viver o fim do mundo é cansativo e eu não tenho o preparo físico necessário.

Mas é aquela coisa, o mundo está acabando todos os dias desde que foi criado. Sim, todos caminhamos para o fim. Quer dizer, depende de como você enxerga a passagem do tempo.

Ontem assisti um vídeo mostrando o Dia dos Mortos no sul do México, e a forma como eles lidam com a finitude me comoveu. Até porque envolve um maior senso de comunidade e uma certeza de que ninguém vai realmente embora. Fiquei com vontade de ver outra vez o desenho Viva — A vida é uma festa.

Queria muito que coisas fantásticas acontecessem, mágicas ou não. Conseguir conversar com algumas pessoas que já se foram, descobrir um superpoder, emagrecer 40 kg ou ganhar na Mega. Talvez entender de vez o que eu gostaria de fazer da vida, já seria incrível. Perder o medo de escrever as histórias que passam pela minha cabeça. Tanta coisa. Correr 10km sem parar ou conseguir fazer as posturas de ioga.

Veja bem, também adoraria que meu cabelo ficasse bom e que minha pele não tivesse mais tantas bolinhas e manchinhas. Veja bem, nem tudo na lista beira o impossível, mas se aproxima do fantástico.

Então me lembro que o tratamento pra enxaqueca tá dando certo. Gente, que felicidade. Depois de 43 anos, um médico me passa um tratamento que preste e não é uma fortuna. Antes, eu vivia todos os problemas com dor de cabeça. Agora só vivo os problemas.

Bem, depois de vomitar toda a confusão da minha cabeça aqui, é hora de voltar a questão do que ser quando crescer, sem apelar pro chocolate que amortiza os sentimentos. Boa semana.

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A gente escreve o que não entende para entender o que não se escreve.

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